quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Conteúdo

Penso que uma das analogias do ato de escrever é libertar o próprio eu no sentido de que a alma fala. Gosto dessa palavra "alma" mas é como falar de "amor" sem reticências e interrogações. Alma e Amor é como o alimento diário da pessoa humana!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Acompanham-me/Me acompanhe

"Pelas mãos de palavras poéticas o já findado revive, recobra as carnes da história, reassume o espaço, o tempo. Poetizar é reinventar a vida.

Sou do tempo em que tristeza era curada com um pedaço de queijo com goiabada."

(Pe. Fábio de Melo)

"Não há antes nem depois na vida, há apenas as coisas importantes e as outras." ( Inês Pedrosa)

sábado, 29 de outubro de 2011

Seletivas palavras

Desejo é vontade de consumir. Absorver, devorar, ingerir e digerir — aniquilar. O desejo não precisa ser instigado por nada mais do que a presença da alteridade. Essa presença é desde sempre uma afronta e uma humilhação. O desejo é o ímpeto de vingar a afronta e evitar a humilhação. É uma compulsão a preencher a lacuna que separa da alteridade, na medida em que esta acena e repele, em que seduz com a promessa do inexplorado e irrita por sua obstinada e evasiva diferença. O desejo é um impulso que incita a despir a alteridade dessa diferença; portanto, a desempoderá-la [disempower]. Provar, explorar, tornar familiar e domesticar. Disso a alteridade emergiria com o ferrão da tentação arrancado e partido — quer dizer, se sobrevivesse ao tratamento. Mas são grandes as chances de que, nesse processo, suas sobras indigestas caiam do reino dos produtos de consumo para o dos refugos.

Os produtos de consumo atraem, os refugos repelem. Depois do desejo vem a remoção dos refugos. É, ao que parece, como forçar o que é estranho a abandonar a alteridade e desfazer-se da carapaça dissecada que se congela na alegria da satisfação, pronta a dissolver-se tão logo se conclua a tarefa. Em sua essência, o desejo é um impulso de destruição. E, embora de forma oblíqua, de autodestruição: o desejo é contaminado, desde o seu nascimento, pela vontade de morrer. Esse é, porém, seu segredo mais bem guardado — sobretudo de si mesmo.O amor, por outro lado, é a vontade de cuidar, e de preservar o objeto cuidado. Um impulso centrífugo, ao contrário do centrípeto desejo. Um impulso de expandir-se, ir além, alcançar o que "está lá fora". Ingerir, absorver e assimilar o sujeito no objeto, e não vice-versa, como no caso do desejo. Amar é contribuir para o mundo, cada contribuição sendo o traço vivo do eu que ama. No amor, o eu é, pedaço por pedaço, transplantado para o mundo. O eu que ama se expande doando-se ao objeto amado. Amar diz respeito a auto-sobrevivência através da alteridade. E assim o amor significa um estímulo a proteger, alimentar, abrigar; e também à carícia, ao afago e ao mimo, ou a — ciumentamente — guardar, cercar, encarcerar. Amar significa estar a serviço, colocar-se à disposição, aguardar a ordem. Mas também pode significar expropriar e assumir a responsabilidade. Domínio mediante renúncia, sacrifício resultando em exaltação. O amor é irmão xifópago da sede de poder —nenhum dos dois sobreviveria à separação.Se o desejo quer consumir, o amor quer possuir. Enquanto a realização do desejo coincide com a aniquilação de seu objeto, o amor cresce com a aquisição deste e se realiza na sua durabilidade. Se o desejo se autodestrói, o amor se autoperpetua.Tal como o desejo, o amor é uma ameaça ao seu objeto. O desejo destrói seu objeto, destruindo a si mesmo nesse processo; a rede protetora carinhosamente tecida pelo amor em torno de seu objeto escraviza esse objeto. O amor aprisiona e coloca o detido sob custódia. Ele prende para proteger o prisioneiro.Desejo e amor encontram-se em campos opostos. O amor é uma rede lançada sobre a eternidade, o desejo é um estratagema para livrar-se da faina de tecer redes. Fiéis a sua natureza, o amor se empenharia em perpetuar o desejo, enquanto este se esquivaria aos grilhões do amor.

BAUMAN, Zygmunt. AMOR LÍQUIDO: sobre a fragilidade dos laços humanos. Trad. Carlos Alberto Medeiros. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2004. Pág. 23-25

Retalhos da janela

O sentimento impulsivo dentro do peito é como reflexo do agito das ondas.
A vontade é de gritar, de libertar para fora tudo aquilo que a razão desconhece e que a alma deseja manifestar.
Que assim seja.
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Acredito que todas as pessoas possuem uma luz Divina que as torna melhores a cada novo dia. Mas esta luz só se manifesta quando as pessoas se permitem a senti-las. Aí então, tudo pode ser realizado, pois é esta 
luz que sustenta os sonhos, alimenta o corpo e a alma. É a luz que faz as pessoas serem Amor uma para 
com as outras.
Luz
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domingo, 9 de outubro de 2011

Desabafo de um eleitor injuriado

Nas encruzilhadas destes versos
fica a reverência aos beneficiários
que vivem de dinheiro alheio
por meio de falsas promessas

Remexem, viram e mexem
a mesma história permanece
a política de hoje se "dá "
pela solução de um contrato de voto

Partidos válidos ou não
o povo arrisca até num mensalão
Dinheiro público é desviado
E mesmo assim pensam encontrar a solução

O rico cresce e o pobre desce
Cadê a igualdade para todos?
Chega de contrabandos! A imagem
que o político se mostra será tudo o que ele lhes oferece?

(I.F)

Cor de rosa bebê

Meu mundo cor de rosa Você chegou e deixou minha vida mais preciosa. Minha filha Minha bebê Mamãe e papai amam muito você!